O papel cada vez mais irrelevante da hiperssegmentação no marketing digital moderno

No cenário do marketing digital, as nuances da segmentação e direcionamento do público estão, nos últimos anos, a mudar drasticamente. À medida que avançamos em 2024, as segmentações demográficas tradicionais tornam-se cada vez menos relevantes. A ideia muito interessante de que “os novos anos 20 são os novos anos 30” sublinha uma compreensão mais ampla e fluida das mudanças no comportamento do consumidor que transcende a idade e outras barreiras demográficas.

O bom, o mau e o feio da hiperssegmentação

A hipersegmentação, embora valiosa no envio de mensagens específicas para subconjuntos de públicos distintos, às vezes pode nos sair pela culatra. Esta estratégia baseia-se fortemente no pressuposto de que os segmentos são definidos de forma restrita, são homogéneos e diretos e que os dados utilizados para definir esses segmentos são precisos e exclusivos. No entanto, nem sempre esse é o caso. Como a maioria de vocês sabe, em muitas casas, as pessoas usam mais de um dispositivo e, não é incomum, compartilharem dispositivos, gerando sinais confusos e dados de segmentação potencialmente errados. Quando os esforços de marketing se concentram em demasia em atingir um público ultra-específico, correm o risco de perder segmentos de público mais amplos que também podem se identificar com o apelo e valor dos produtos ou serviços que a sua empresa vende.

O Futuro Sem Cookies e as suas Implicações

A mudança em direção a uma web sem cookies está em marcha e, à medida que avança, apresenta-se como um desafio formidável para os profissionais de marketing digital. À medida que as preocupações com a privacidade aumentam a cada dia, a capacidade de rastrear o comportamento dos utilizadores por cookies diminui.
Isso faz com que os profissionais de marketing repensem como coletam e utilizam estes dados. Os métodos tradicionais de acompanhamento e segmentação tornar-se-ão em breve obsoletos, suscitando a necessidade de abordagens inovadoras para compreender e alcançar o público.

Marketing muito para além da Demografia: A Conexão Emocional

A chave para ser uma força a ser reconhecida no marketing para 2024 e 2025 reside em focar menos na venda de um produto e mais na articulação dos benefícios emocionais do produto. Os consumidores são cada vez mais motivados pela forma como um produto os faz sentir!
Assim, o marketing digital deve, portanto, e mais uma vez, centrar-se na criação de narrativas que ressoem a um nível emocional junto dos clientes, em vez de apenas promover um produto baseado na segmentação demográfica.

Por exemplo, em vez de promover um carro de luxo para homens na faixa dos 50 anos, enfatize o status que pode trazer para qualquer pessoa que valorize essas experiências. Essa abordagem não apenas ampliará o mercado potencial, mas também explorará o desejo pelo produto e certamente que desencadeará uma ação de compra não apenas para quem tem 50 anos, mas para quem sente o mesmo que sua persona.

Estratégias a serem adotadas para o novo paradigma de marketing

1. Concentre-se na psicografia em vez da demografia
2. Aproveite o conteúdo gerado pelos utilizadores
3. Utilize a tecnologia para melhorar o sucesso da sua campanha e virar o jogo
4. Construa uma comunidade sólida

Concluindo sobre a hipersegmentação

À medida que o marketing digital evolui, suas estratégias também devem evoluir. Evitando a Hipersegmentação e adapta-se, pode começar a focar mais nos gatilhos emocionais que seus produtos produzem. Ao fazer isso, poderá criar campanhas mais inclusivas e eficazes que tenham verdadeiro impacto em vendas, reconhecimento da marca e fidelização dos clientes que o fazem.